
"Perdoa mais...
Quem mais e melhor sabe amar.
A medida do perdão
está directamente relacionada com
a medida do amor...
que é o Amor sem medida.
O Perdão deve começar por nós próprios:
perdoar as falhas da nossa vida...
Perdoar os nossos erros, as nossas imperfeições,
a fim de que tenhamos a capacidade
de perdoar os outros.
É a capacidade de autoperdão
que gera a capacidade de heteroperdão.
Perdoar nem sempre é fácil...
mas é sempre necessário
para o nosso bem-estar interior, a nossa paz,
o nosso equilíbrio e estabilidade:
afectiva, espiritual, psíquica e mesmo física.
Perdoar implica, também,
a auto-aceitação das nossas imperfeições,
que nos permite aceitar a imperfeição e os limites do próximo
e, por isso,
os seus erros, inerentes à fraqueza humana.
É a nossa maior abertura aos outros,
e uma paixão pela comunicação,
arrastada pela fome de nos revelarmos....
que nos faz cultivar um coração que sabe perdoar.
Perdoar... cura as feridas interiores,
ajuda-as a cicatrizar mais depressa
e diminui os riscos de «infecção»...
Não há ofensas imperdoáveis,
por muito que nos façam sofrer
e nos firam no mais fundo de nós mesmos.
Perdoemos na medida em que desejamos ser perdoados...
Treinemos esta capacidade pacientemente,
ao longo de toda a nossa vida.
Não guardemos mágoa de ninguém...
Nem ressentimentos de qualquer espécie.
Pelo contrário!
Procuremos no fundo de nós mesmos
a coragem necessária para perdoar sempre
que liberta o coração
e faz sentir a presença reconciliadora do próprio Deus.
Perdoar os erros dos outros
é, não só um bem que lhes fazemos,
mas, sobretudo, um bem que fazemos a nós mesmos..."
ANA PAULA BASTOS
em Amor não se diz