terça-feira, 14 de abril de 2009

Pensamento do dia


Antes de mais,

engane-se quem possa pensar que isto é

uma mensagem directa para si...

Simplesmente, calhou!!
E não é remetida a ninguém...

"O coração é teu.... pode chorar!
O rosto é dos outros... deve sorrir!"

Esta foi uma frase com que me deparei ontem, no meio da atribulação do meu trabalho...
E o meu pensamento imdediato foi: - 'hum! Acho que não concordo!'...
E porque não concordo?!...
Porque acho que o que sinto, demonstra aquilo que sou. Se determinadas sensações e pensamentos me preenchem perante alguém ou algo, isso encontra-se inerente ao meu conteúdo humano...
Depois... a expressão comportamental insere-se numa das linguagens humanas... As palavras podem dizer uma coisa, mas os olhos e gestos demonstram a verdade, que muitas vezes contrariam aquilo que se expressa verbalmente...
O certo é que, o facto de não me sentir bem não é motivo para "descarregar" em quem se encontra à minha volta... Isso é errado... Por eu me sentir triste, receiosa, angustiada, zangada ou aborrecida não implica que tenha o 'direito' de cortar a alegria alheia...
Mas daí a esconder-me, criar máscaras?!...
Não tenho de incomodar os outros, mas criar máscaras?!...
Cria-se uma máscara hoje, outra amanhã e mais outra....
Quantas mais situações desagradáveis surgem, mais máscaras são criadas e acaba-se por não enfrentar a realidade, a não agir de determinado modo, a não estar e a não SER... O tempo passa... e quando se tenta perceber onde está o verdadeiro Eu constata-se que não se sabe onde ficou...
Por onde andará?!...
E numa busca de um falso e aparente equilíbrio, a pessoa perde-se... os problemas ficam... o tempo passa... e a Vida vai perdendo algum sentido!

E a propósito, ainda no dia anterior, encontrei uma frase de Susanna Tamaro, num livro de Ana Paula Bastos:
"Ficou-me aquela sensação de triste desolação que tenho quando encontro uma pessoa que recusa abrir-se, ouvir as mensagens que a sua própria vida lhe vai enviando. É muito difícil pôr de lado a imagem que fizemos de nós mesmos: levou-nos tanto tempo a construí-la, deu-nos tanto trabalho, afeiçoamo-nos a ela, é graças a ela que ainda nos mantemos agarrados a um simulacro de realidade"

2 comentários:

  1. Máscaras...
    Por vezes não são um orgulho, nem nada que se aproxime disso...
    A única coisa que te faltou referir, penso eu, é que por vezes também não são uma escolha... elas podem existir sem ninguém poder decidir tê-las ou não...
    Há um tempo atrás eu não pensei ser capaz de dizer isto...
    Beijinhos

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  2. Olá rabisco! :)
    Eu acredito que existe quem escolha tê-las, como existe quem as desenvolva como modo de protecção, num instinto inconsciente...
    De qualquer modo, quando nos apercebemos de que em nós se está a desenvolver uma máscara, podemos decidir retirá-la ou mantê-la... Retirá-la implica um caminho árduo, muita vontade e coragem... a pode ser um caminho tão duro e longo quanto ao tempo a que nos dedicamos a ela...
    Beijoca

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